Sociedade


A sociedade do antigo Egito, constuia-se de classes muito bem definidas, onde a hierarquia era respeitada e a mobilidade social era praticamente inexistente.


                                                                         

De início, vamos começar pela base da pirâmide da sociedade egípcia, os escravos. Constituía-se dos chamados "prisioneiros de guerra", dominados nas conquistas dos estado egípcio. Os escravos formavam um grupo social numericamente pequeno diante do conjunto da população, constituído, em sua origem, principalmente de prisioneiros de guerra. Trabalhadores em serviços variados: nas casas, nas pedreiras, nas minas, nos campos.


                                                               

As condições de vida dos escravos variavam de acordo com o tipo de atividade que exerciam. Há indícios de que os escravos domésticos viviam melhor do que, por exemplo, os escravos das minas e das pedreiras. Embora "pertencesse" a outra pessoa, o escravo egípcio era considerado um ser humano e não uma "mercadoria".
 Ele podia adquirir propriedade, testemunhar em tribunais e casar-se com pessoas livres. Talvez em razão dessas características, alguns egiptólogos consideram que não houve escravidão no Egito antigo no sentido clássico do termo.

               
                                                     

            
A grande maioria da população egípcia era composta de camponeses, seguidos pelos diversos tipos de artesãos.


                                                       


 Os camponeses (também chamados de felás) executavam inúmeros trabalhos necessários à agricultura e à criação de animais. Os principais produtos cultivados eram o trigo (para fazer pão), a cevada (para fazer cerveja) e o linho (para fazer tecidos). Também se dedicavam à plantação de legumes, verduras, uva (para fazer vinho) e frutas variadas. Criavam animais como bois, asnos, carneiros, cabras, porcos e, posteriormente, cavalos. Para a maioria da população, a carne era um alimento de luxo - os mais pobres só a consumiam em ocasiões especiais. As atividades agropastoris eram complementadas pela pesca (no Nilo, nos pântanos e nos canais) e, também, pela caça.



                                                                         

Os camponeses viviam em aldeias e eram obrigados a entregar parte da colheita e do rebanho, como forma de tributos, aos moradores do palácio do faraó e aos sacerdotes dos templos. Nos períodos em que diminuíam os trabalhos no campo (época das cheias), eram, muitas vezes, convocados a trabalhar compulsoriamente em obras como, por exemplo, construções de palácios, templos, pirâmides etc.


                                                                        

Os artesãos que produziam artigos de luxo trabalhavam, geralmente, nas oficinas urbanas, muitas vezes instaladas nos templos e palácios. Confeccionavam peças de ourivesaria, vasos de alabastro ou faianças tecidos finos etc. Já os artesãos menos qualificados trabalhavam em oficinas rurais, produzindo tecidos rústicos, artigos de couro, vasilhas utilitárias, alimentos, como pão e cerveja. Havia, assim, artesãos de ofícios variados, ferreiros, carpinteiros, barqueiros, tecelões, ceramistas, ourives, padeiros, cervejeiros. Alguns, por exemplo, se especializavam nos trabalhos ligados ao sepultamento dos mortos: eram os embalsamadores e os decoradores de túmulos (pintores, escultores, metalúrgicos).





termo mesha, palavra egípcia que significava exército, descrevia em sua origem tanto forças militares quanto expedições pacíficas enviadas para extrair minerais e sua tradução mais correta talvez seja força operacional. Não dispomos de informações suficientes sobre os exércitos do Império Antigo (c. 2575 a 2134 a.C.) nem do Império Médio (c. 2040 a 1640 a.C.). Os chefes de expedições tinham posições e títulos comparáveis aos das patentes militares, tais como capitães e oficiais de marinha. Durante o Império Antigo, ao que parece, ao surgir uma situação de emergência reunia-se um grupo de homens para apoiarem as pequenas unidades locais permanentes especializadas. 







Os monarcas do Primeiro Período Intermediário (c. 2134 a 2040 a.C.) foram, sem dúvida, os primeiros a se verem obrigados a formar suas próprias milícias, em função das longas disputas mantidas com seus vizinhos. Por sua vez, as administrações dos domínios religiosos e do tesouro também tinham seus batalhões de soldados próprios, nos quais apenas os núbios se incluíam como guerreiros profissionais. Tais unidades, agora já efetivas, bem organizadas e complementadas quando necessário por milícias locais, devem ter desempenhado importante papel ainda no Império Médio como guarnições das fortalezas de fronteira. Eram forças sobretudo de infantaria complementadas com gente dos barcos.



GLOSSÁRIO:
Peça de ourivesaria - artigo feito com ouro e prata.
Alabastro - rocha pouco dura e muito branca.
Faiança - louça de barro esmaltado ou vítreo.



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